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O crash da bolsa de Nova York em 1929 foi um dos eventos mais significativos na história financeira global. Foi o resultado de anos de aumento excessivo e desenfreado da bolsa, impulsionado por uma cultura de investimento intensa e valores acelerados de ações. O efeito da crise foi sentido não apenas pelos investidores em Wall Street, mas por milhões de pessoas em todo o mundo, uma vez que a economia global foi afetada.

A crise financeira de 1929 foi uma exaustão inevitável do otimismo excessivo, especulação e tecnologia que impulsionou a bolsa de valores de Nova York. A bolha financeira foi inflacionada por muitos anos, criando um mercado inflado e excessivamente valorizado que não podia mais suportar seu próprio peso. O aumento do preço das ações levou os investidores a tomar empréstimos e, consequentemente, a alavancar os preços ainda mais.

Em outubro de 1929, a confiança dos compradores diminuiu abruptamente, provocando uma queda notável no valor das ações. A queda continuou e as empresas faliram, a economia sofreu e o resultado foi massivo desemprego e declínio econômico.

O brusco impacto na economia global foi imenso. Inúmeras nações em todo o mundo sofreram os efeitos da crise, especialmente aquelas que dependiam de financiamento estrangeiro. Uma queda significativa na exportação de produtos agrícolas e a limitação de financiamento resultou em uma crise financeira para os países subdesenvolvidos e emergentes.

Muitas nações continuaram a se recuperar da crise muitos anos depois que a bolsa entrou em colapso em Wall Street. Na década de 1930, o presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, liderou uma revolução financeira com a implementação da política do New Deal e da lista de programas para resgatar a economia americana. O objetivo do New Deal era estimular o mercado interno e criar novos empregos, e assim, melhorar a estabilidade financeira.

Mais tarde, em 1944, os acordos de Bretton Woods foram assinados pelos aliados da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de estabilizar a economia global. O dólar americano foi escolhido como a principal moeda internacional de troca, com outras moedas nacionais ancoradas no valor do dólar. Esta política tornou-se um ponto central da política monetária global e permaneceu em vigor até o abandono do padrão-ouro em 1971.

De fato, o 'crash' da bolsa de Nova York em 1929 foi um evento revelador sobre o poder financeiro dos mercados globais. Além disso, motivou o desenho e reforma das políticas financeiras utilizadas ainda hoje. Muitas nações aprenderam a lição de como um mercado inflacionado e impreciso pode rapidamente entrar em colapso, levando a graves consequências para a economia global.